Em 2021 a Meta fez um grande movimento de marca, substituindo seu antigo nome comercial Facebook para se transformar no grupo Meta que hoje conhecemos.
Segundo Caroline Dalmolin (Líder de parcerias estratégicas LATAM da Meta) a mudança foi resultado de um posicionamento da empresa focado na crença de que o futuro das conexões sociais e de como utilizamos a internet hoje é o Metaverso.
E é sobre esse conceito de realidade expandida tão comentado atualmente – mas que ainda causa bastante dúvida e curiosidade – que vamos tratar ao longo deste artigo.
Se você tem interesse em entender mais sobre as inúmeras possibilidades dessa forma revolucionária de experimentar o universo online do tio Zuck, vem com a gente!
O que é Metaverso? O conceito da Nova Internet
“O Metaverso é nossa visão para o futuro” Mark Zuckerberg – CEO da Meta
De acordo com a Meta, o Metaverso é a nova internet, que se baseia na intersecção entre três fatores:
1. Realidade aumentada e realidade virtual
Ambos são conceitos de tecnologias digitais imersivas. Ou seja, tanto a realidade aumentada quanto a realidade virtual unem o mundo virtual e mundo real, proporcionando novas experiências aos usuários.
O conceito de Realidade Aumentada (RA) surgiu em 1992, quando o cientista e pesquisador Thomas P. Caudell estava desenvolvendo uma das aeronaves mais conhecidas do mundo: o Boeing 747.
Na época, ele pensou na criação de um monitor que ajudasse os operários a montarem o avião em tempo real, sem que precisassem checar algum manual. Embora a invenção não tenha sido bem sucedida, o conceito de realidade aumentada acabava de nascer.
Mas o que conhecemos hoje por Realidade Aumentada foi popularizado pelo jogo Pokemon Go, em 2016, que funciona através de uma simulação do mundo real, onde aparecem pokémons para serem capturados em regiões da cidade.
Logo, se estiver em Paris por exemplo, poderá ir até a Torre Eiffel para capturar monstrinhos, como se existissem no mundo real.
A grande diferença entre Realidade Aumentada e Realidade Virtual é que enquanto RA utiliza elementos do mundo real para criar uma realidade digital, a segunda permite criar um mundo virtual do zero.
O diretor executivo da Apple, Tim Cook, explica que a diferença entre RA e RV está no fato de que a Realidade Aumentada abrange muito mais do que a RV. Por exemplo, ela possibilita estar presente, se comunicar e desfrutar de experiências visuais.
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2. Web 3.0
É a evolução tanto da Web 1.0 (que marca o início da internet, quando ela tinha um papel de enciclopédia virtual para consultas de usuários) quanto da Web 2.0 (a que vivemos atualmente, a internet das redes sociais).
Na Web 2.0, nós interagimos e experimentamos a internet por meio de plataformas que nos permitem criar diferentes perfis sociais.
Por exemplo: um usuário que tenha criado um perfil no Instagram, um no LinkedIn e um no Facebook precisa trocar de plataforma para conseguir experimentar cada uma das redes, separadamente.
E, curiosamente, muitas vezes o caráter social dessas redes moldam o tipo de personalidade que aquele usuário irá performar ali. Não é à toa que o meme da foto abaixo fez tanto sucesso nas redes:
Já na Web 3.0, temos algumas diferenças importantes: nela, cada um de nós é “dono” de um pedacinho da internet; sua infraestrutura é baseada em Blockchain e nós temos um se2nso de presença ainda maior comparado à Web 2.0, como consequência da imersividade que o Metaverso pode proporcionar.
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3. Infraestrutura de Blockchain
Por definição, uma infraestrutura de Blockchain é um livro-razão compartilhado e imutável, capaz de facilitar o processo de registro de transações, bem como o rastreamento de ativos em uma rede empresarial.
Neste contexto, entendemos como ativo algo tangível (como uma casa, um carro, dinheiro etc.) ou intangível (propriedade intelectual, direitos autorais e criação de marcas).
A blockchain é ideal para empresas, pois entrega informações de forma imediata e compartilhada. Normalmente essas informações estão em um livro-razão imutável, que sofre as alterações somente por membros autorizados.
Na prática, as criptomoedas são exemplos de informações que possuem como característica a infraestrutura de blockchain. Além disso, o conceito pode ser aplicado em diferentes indústrias, visto que a maioria das empresas lidam com informações o tempo todo.
Por que Metaverso?
A origem do nome Metaverso está no romance de ficção científica “Snow Crash”, lançado em 1992, de Neal Stephenson. No livro, ele uniu as palavras “meta” e “universo”. Em inglês, meta pode ser traduzida como “transcendente”.
Resumidamente, os personagens do romance de Stephenson usam avatares digitais para entrar em um universo online, muitas vezes para fugir da realidade em que vivem.
Já conseguiu entender um pouco de como a ideia de Metaverso vai funcionar na prática?
Como funciona o Metaverso?
Embora ainda não seja 100% o que vivemos, no Metaverso cada usuário possui um avatar e vive em uma realidade virtual aumentada.
Inclusive, a empresa Meta já pensa em ferramentas que viabilizem essa realidade virtual, como o Meta Spark e Horizon Worlds. A primeira se trata de um laboratório virtual de criação, enquanto a segunda é literalmente o mundo virtual onde nossos avatares viverão.
Para a Meta, o futuro da internet está no Metaverso e impulsionados pela tecnologia, todos nós criaríamos avatares para compartilharmos experiências no mundo virtual. Em outras palavras, é como se criássemos uma simulação do mundo real.
O Metaverso aposta na junção das tecnologias imersivas para ampliar as possibilidades de experiências que vivemos. Ainda nebuloso para muita gente, o futuro do qual falamos é literalmente a simulação do mundo real. Com isso, quebraremos várias barreiras físicas e abriríamos espaço para muitas possibilidades.
Algumas das experiências que já existem em uma forma de metaverso são:
Compras online
Já pensou comprar roupas sem precisar sair de casa, mas ter certeza de que vão servir e evitar algumas frustrações? No Metaverso, nossos avatares poderão ir até as lojas, que serão virtuais, e viverem uma experiência completa de conversar com atendentes, ir ao provador, experimentar e, finalmente, comprar!
O mesmo vale para outros tipos de produtos, ficando apenas a limitação dos nossos olfatos. Mesmo assim, já existem ações publicitárias que visam a associação de cheiros a elementos visuais: uma verdadeira sinergia.
Mundo projetável
Hoje, a realidade aumentada já permite saber como algum móvel ficará em sua sala. Além disso, podemos testar diferentes cores nas paredes.
Esse mesmo conceito vale para o Metaverso, onde um arquiteto conseguirá projetar um imóvel e guiar visitantes de forma online e em tempo real. Muito além disso: é como se estivéssemos dentro do imóvel físico, tendo uma ideia completa de como ficará no futuro.
Eventos inesquecíveis
Já pensou em nunca mais perder um show de seu artista favorito? O Metaverso atende a esse pedido e proporciona todos os recursos imersivos para você viver uma experiência muito próxima da realidade, sem precisar comprar mídias físicas ou sair de sua casa. Aliás, até lembra um pouco o jogo Second Life.
Os eventos também ganham outra versão no Metaverso e expandem para vários lugares do mundo.
Metaverso: seria este o futuro da internet?
Tanto o conceito quanto a prática de Metaverso ainda são assuntos muito novos no mundo da tecnologia e ainda devem levar algum tempo para chegarem em nossas mãos.
Neste contexto, a Meta já divulgou que acredita que esse seja o caminho para o qual devemos evoluir. Além disso, a empresa já firma parceria com diversas empresas e universidades, para que o Metaverso ganhe cada vez mais forma e contexto.
Sendo assim, podemos esperar que cada vez mais marcas vão apostar em tecnologias imersivas e em experiências novas para os usuários.
Enquanto o Metaverso não chega, que tal aprender mais sobre uma tecnologia que já é realidade para todo mundo? Confira este guia completo sobre chatbots!
