O SaaS tradicional foi um modelo de distribuição de software via nuvem que foi dominante por muitos anos, utilizado por empresas de diversos portes e segmentos, pois oferecia, e ainda oferece, inúmeras vantagens e facilidades. 

Entretanto, por conta da dinâmica do mercado atual, este modelo está passando por uma transformação, impulsionada pela competição acirrada, avanços da IA e mudanças no perfil dos consumidores e investidores.

Essa transformação foi amplamente discutida durante o Web Summit Rio 2025, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação da América Latina, especialmente na palestra “SaaS 2.0”, ministrada por Miguel Burger-Calderón, fundador da BFF, Mohannad El-Barachi, CEO da Wrk, e Leandro Souza, editor da Startups.com.br.

Durante o evento, especialistas discutiram sobre as mudanças no tipo de valor entregue pelos softwares distribuídos no modelo SaaS e como adaptar os negócios a esse novo momento do mercado.

Quer saber mais? Então continue lendo este conteúdo e confira:

  • O que é SaaS?
  • Como o SaaS funciona?
  • O que é SaaS 2.0?
  • Diferenças entre o Saas e o SaaS 2.0;
  • Como se adaptar às mudanças do modelo SaaS 2.0.

O que é SaaS?

O modelo tradicional de Software como Serviço (SaaS) revolucionou a maneira como as empresas acessam e utilizam tecnologia. Ao invés de depender de licenças de software, instalações que ocupavam muito espaço nos computadores e caros sistemas e redes locais, o SaaS permite que empresas acessem aplicativos direto do navegador de internet.

Através de assinaturas mensais ou anuais, o modelo dispensa a necessidade de infraestrutura própria e oferece softwares via computação em nuvem, que podem ser acessados de qualquer lugar e em qualquer dispositivo que possua acesso à internet.

Esse modelo de distribuição proporciona mais flexibilidade, escalabilidade e facilidade de atualização.

Como o SaaS funciona

O modelo tradicional de SaaS funciona oferecendo aplicativos e softwares hospedados na nuvem, acessíveis via internet mediante uma assinatura.

Empresas de todos os tamanhos podem usar esses serviços sem precisar investir em infraestrutura própria, servidores ou equipes de TI dedicadas à manutenção de sistemas complexos. O processo de funcionamento geralmente segue as etapas abaixo:

  • Assinatura e acesso: As empresas escolhem o software que melhor atende às suas necessidades e assinam um plano, com base no número de usuários ou volume de utilização. O acesso é feito por meio de um login e senha em um portal online, sendo possível usar o software de qualquer lugar, desde que haja uma conexão com a internet;
  • Configuração e personalização inicial: Ao contratar um software SaaS, as empresas costumam realizar configurações iniciais, como a inserção de dados, ajustes em parâmetros e integração com outros sistemas já utilizados. No entanto, a personalização do produto pode ser limitada, pois ele foi desenvolvido para atender a um público amplo, não a nichos específicos;
  • Atualizações e suporte: Um dos grandes atrativos do SaaS tradicional é a atualização automática. Sempre que há uma nova versão ou correção de bugs, o software é atualizado sem que o cliente precise se preocupar com a instalação manual ou interrupção de serviços. O suporte técnico é oferecido pela empresa fornecedora, geralmente por meio de canais de atendimento ao cliente ou sistemas de ticket;
  • Escalabilidade: O SaaS tradicional também oferece uma escalabilidade relativamente simples. Empresas podem adicionar mais usuários ou aumentar a capacidade do serviço de acordo com suas necessidades, geralmente sem grandes complicações, uma vez que a infraestrutura já está prontamente disponível na nuvem.

Neste modelo tradicional, as soluções SaaS são projetadas para atender a uma ampla gama de clientes e setores. Elas possuem uma abordagem mais generalista, voltada para resolver problemas comuns, como gerenciamento de projetos, CRM, ERP, edição de documentos, serviços de e-mail, plataformas de comunicação interna, entre outros. 

Embora essa abordagem tenha sido bem-sucedida, ela enfrenta desafios no cenário atual, no qual a personalização, a integração com dados específicos e a resolução de problemas mais complexos e segmentados são cada vez mais valorizadas.

O foco no “volume de clientes” em vez de “segmentos específicos” limita a capacidade dessas soluções de se adaptarem às necessidades individuais de cada empresa ou nicho de mercado. 

Por conta disso, o SaaS 2.0 ganhou destaque e tem se consolidado como uma evolução natural do modelo de distribuição de software, trazendo inovações que preenchem as lacunas deixadas pelo modelo tradicional.

Quais as mudanças do Saas para o SaaS 2.0?

Os especialistas afirmam que as mudanças entre o SaaS e o SaaS 2.0 não estão relacionadas com a distribuição do software em si, mas sim com a natureza dos produtos oferecidos.

Os softwares continuarão sendo distribuídos via computação em nuvem, acessível de qualquer lugar e em qualquer dispositivo com acesso à internet, com fácil escalabilidade e atualizações automáticas, a principal diferença é que, diante de um cenário mais dinâmico, que exige soluções mais especializadas, eles se tornarão AI First.

O que é SaaS 2.0?

O SaaS 2.0, assim como o modelo tradicional, é uma forma de distribuição de software baseada em computação em nuvem, mas que tem como foco entregar soluções integradas à Inteligência Artificial, especializadas em nichos específicos e baseadas em dados exclusivos e proprietários das empresas.

A IA auxilia no desenvolvimento rápido e econômico das soluções de SaaS, por isso a maioria das empresas pretende adotá-la. De acordo com um estudo da Gartner, mais de 75% das empresas globais irão utilizar tecnologias de inteligência artificial em seus processos de SaaS até 2026.

Outro fator importante do SaaS 2.0 é o modelo de pagamento. Ao invés de assinaturas fixas, o novo modelo prioriza o pay-per-use, ou seja, a empresa paga de acordo com seu uso do software. Dessa forma, é possível alinhar o preço ao valor entregue pelo produto e reduzir o churn.

Por fim, os softwares distribuídos no modelo SaaS 2.0 terão como foco a evolução rápida. Em vez de oferecer um produto estático, o SaaS 2.0 prioriza a capacidade de evolução constante, na qual as empresas, com a ajuda de tecnologias de IA e machine learning, podem testar, melhorar e ajustar as funcionalidades do software de acordo com as necessidades do mercado, em ciclos rápidos e contínuos, facilitando a inovação.

Diferenças entre o modelo tradicional de Saas e o SaaS 2.0

Como você pôde perceber, o modelo de SaaS 2.0 tem como principais diferenças, em relação ao modelo tradicional, a entrega de valor, o uso dos dados e as tecnologias envolvidas no desenvolvimento do software.

O formato de distribuição, e fatores como acessibilidade, escalabilidade e redução de custos continuam os mesmos, mas os modelos possuem algumas diferenças, como:

  • Personalização: No SaaS tradicional, a personalização é limitada, pois a solução é feita para ser usada por um grande número de empresas com necessidades similares. Já o SaaS 2.0 foca em personalizações profundas, com configurações adaptadas para cada cliente ou segmento de mercado;
  • Uso de dados: O modelo tradicional de SaaS coleta dados de forma genérica, enquanto o SaaS 2.0 coloca uma ênfase maior nos dados exclusivos de cada cliente, permitindo a análise e aplicação de insights que são diretamente aplicáveis ao negócio;
  • Evolução constante e inovação: O SaaS tradicional segue um ciclo de atualização e manutenção de software mais rígido e linear. O SaaS 2.0, por sua vez, permite ciclos rápidos de desenvolvimento e inovação, com a capacidade de responder mais rapidamente às mudanças do mercado;
  • Foco no cliente: O SaaS tradicional foca em resolver problemas comuns de várias indústrias de forma ampla. O SaaS 2.0 vai além, focando em resolver as dores específicas de cada cliente, proporcionando assim soluções mais robustas e customizadas, alinhadas aos desafios exclusivos de cada setor.

Com o SaaS 2.0, as empresas têm acesso a soluções mais ágeis e personalizadas, capazes de enfrentar as mudanças e exigências do mercado moderno.

Como se adaptar às mudanças do modelo SaaS 2.0?

A transição do modelo tradicional de SaaS para o SaaS 2.0 exige uma mudança estratégica nas empresas, que devem adotar novas abordagens para atender às necessidades mais específicas do mercado, trabalhar com dados proprietários e garantir a flexibilidade necessária para evoluir rapidamente. 

Para garantir uma adaptação bem-sucedida, é crucial contar com uma plataforma robusta que seja capaz de oferecer soluções personalizadas, escaláveis e inovadoras, como a Blip, que integra tecnologias avançadas para garantir o sucesso do seu negócio.

A importância de uma plataforma robusta

Para acompanhar a evolução para o SaaS 2.0, as empresas precisam de uma plataforma que não apenas possibilite o desenvolvimento de software na nuvem, mas que também seja capaz de integrar novas tecnologias e permitir uma personalização contínua

A Blip é um exemplo perfeito disso, pois oferece soluções conversacionais adaptadas às necessidades de cada cliente e setor. Por meio de integração com os modelos mais avançados de IA, a Blip permite que empresas personalizem seus atendimentos e processos de forma mais eficiente, alinhando o software às particularidades de cada segmento.

Tecnologias de IA

Nos modelos SaaS 2.0, a inteligência artificial (IA) desempenha um papel fundamental, tanto para otimizar as operações internas quanto para oferecer uma experiência mais personalizada e eficiente aos clientes

A Blip integra os últimos modelos de IA generativa e IA Conversacional, ferramentas essenciais para otimizar a comunicação e a análise de dados.

  • IA Generativa: Com a IA generativa, é possível criar respostas dinâmicas e automáticas em tempo real, proporcionando uma interação mais fluida e humanizada com os usuários. Isso facilita o atendimento personalizado e melhora a experiência do cliente, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades específicas de cada usuário;
  • IA Conversacional: A IA Conversacional é outra tecnologia essencial para o modelo SaaS 2.0. Com ela, é possível implementar chatbots inteligentes que interagem de maneira eficiente com os clientes, respondendo perguntas, solucionando problemas e até antecipando as necessidades dos consumidores. Essa capacidade de aprendizado e adaptação em tempo real garante que as empresas se mantenham alinhadas com as demandas do mercado, promovendo uma experiência mais personalizada e ágil.

Flexibilidade e escalabilidade

Outro benefício das soluções Blip é a capacidade de oferecer uma plataforma escalável, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores integrem facilmente uma solução SaaS 2.0. 

À medida que as necessidades de negócios evoluem, a Blip oferece flexibilidade para ajustar as soluções, garantindo que o software continue atendendo de forma eficaz aos objetivos estratégicos da empresa.

Adaptar-se ao modelo SaaS 2.0 exige não apenas uma mudança nas soluções tecnológicas, mas também uma transformação na forma como as empresas pensam sobre dados, personalização e interação com o cliente. 

Com a plataforma Blip, as empresas têm a capacidade de criar soluções mais ágeis, personalizadas e eficientes, alinhadas às demandas de um mercado em constante evolução. Fale com nossos especialistas e saiba mais!

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